São tantas e tão belas espalhadas pela vastidão branca de areia, banhadas pelas ondas impetuosas do mar.
Quero todas colher, mas, a seleção ocorre ao olhar:A pureza das branquinhas,as negras e exóticas, as pardas encardidinhas. De todas colho algumas e já não consigo parar. Mãos cheias, bolsos molhados e cheios da areia que teimam em não desprender até serem banhadas pelas ondas.
A seleção continua, pequenininhas e suaves são as prediletas de Bruna, as coloridas e exóticas são caçadas por Sarah... E a colheita prossegue.
Àquela diferente que o mar a quer de volta e a tenta arrebatar, mas, não querendo perde-la prendo-a em meus pés, como faço quando não pretendo perder alguém e o prendo em meu coração, enquanto as ondas da vida voltam frustradas deixando-a para mim.
A coleção cresce... O que vai fazer com elas? Pergunta a curiosidade, querendo tudo decifrar, na fala de uma criança que ajudou a catar.
Pretendo eternizá-las para que possam lembrar a beleza dos verões, do sol quente das manhãs, do belo entardecer, as noites mornas e calientes. Fazendo-as relembrar as memórias em mural do meu romance com o mar.
Vera Cavalcante
Vera Cavalcante
Um comentário:
Uma Homenagem a Bruna e Sarah.Lindas em suas escolhas das conchas que queriam colher ou deixar ficar entre tantas e lindas existentes na praia de Olivença.Meu carinho especial.
Postar um comentário